sábado, dezembro 26, 2009

Entre o Vinho e a Espada - Livro


segunda-feira, dezembro 21, 2009

Natal Ilícito


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segunda-feira, outubro 05, 2009

Carta

http://ilove.terra.com.br/autores/texto.asp?idpi=161

Machado de Carlos

Meu anjo, minha alma gêmea, meu tudo:
Amor, à primeira vista, no diário, lavras
Grafas sinais de nossa história; contudo,
A lápis, envio-te só algumas palavras.

Conto os minutos.. A ânsia de te encontrar
Ah!...Esta perda irreparável de tempo!...
Só amanhã saberei aonde vou ficar
Sem ti passo por este vazio de momento

Se estivéssemos juntos, não sentiríamos dor
Nas reminiscências, contemplo tua beleza
Tu és as razões da vida, meu amor
Pare com isso. Por que tanta tristeza?

Urge nossa união. E que vida teremos!...
Juntos poderemos pintar o nascer do Sol
Sei que são as horas, que só nós queremos
Selaremos nossas almas no amor maior.

A jornada noturna foi horrível
Só chegarei as quatro da manhã
Passei por um forte temporal!... Terrível!...
Matei a fome apenas com uma maçã.

Avisaram-me para não viajar a noite;
Sentindo tua falta, isso só me tentou
A viagem pesada e insetos como açoite,
Na estrada ruim, a carruagem quebrou.

Só há uma estrada (estreita) no campo
E, estou completamente retido,
Sonho com o aconchego de teu manto...
Visões abstratas... Deixam-me abatido!

Felizmente, encontramos outro caminho;
Graças a Deus, logo juntos estaremos
No momento, curto o cantar dos passarinhos
Vagueando, a madrugada, cortando o sereno.

Hoje, sem falta, espero, tenho de te ver
Tua presença!... Palpita o velho coração!...
Chega desta angústia, deste sofrer
Que seja realidade esta ilusão!...

Por mais que me ames, te amo muito mais
Tristeza e solidão... Lágrimas incontidas!...
Somos um só corpo. Parece demais?
Nossas almas ligadas para toda vida.

No leito, a mente voltada para o jardim;
Ofereço-te uma flor com olor sem igual
Por favor, não fujas, não te escondas de mim
Não fico sem ti, minha Amada Imortal.

Alguns pensamentos alegres ou tristes:
Será que o frio destino nos ouvirá?
Procuro a esmo palavras que felicite,
Até quando este caos nos perseguirá?

Só poderei viver contigo ou não viver;
Ser humano, é viver nesta agonia?
A cavalgada é dura, temo sofrer!
Ocupo o vácuo com música e poesia...

Agora vou dormir. Tenha calma, amor;
Hoje, ontem, anseio por ti até as lágrimas.
Nos meus sonhos, vejo-te como uma flor,
Espargindo teus fluidos em cascata!...

Tu és meu amor, meu tudo e minha vida
Então, adeus. Continue sempre a me amar!
Sempre teu. Sempre minha... Ouça a despedida...
Em breve (felizes), vamos nos encontrar.

Nota do Autor

O poema “Carta” de minha autoria, foi escrito baseado no teor do filme “Minha Amada Imortal”, que também foi escrito baseado na Biografia do compositor Ludwig Van Beethoven.

sábado, setembro 26, 2009

A REENCARNAÇÃO


A alma sofria nos charcos dos umbrais,
Era casulo: - Ovóide perdido!
Não havia norte para os sentidos...
Em suma: - A morte das mortes mentais!...

O amor chegou com ondas desiguais...
A alma gemelar sofria sem ruídos...
Deus ouvira todos os seus pedidos:
E a Lei se fez ouvir em tempos reais!...

O envoltório vem... Vive... E Envelhece...
O cerne de veludo é tua veste!
O tempo inoperante é ilusão!...

Vivamos o amor neste presente,
Ele é fonte de luz onipotente;
Sem ele o retorno é a solução!


Carlos,

Ribeirão Preto, 23 de março de 2007.
4h43

Machado de Carlos

Publicado no Recanto das Letras em 13/07/2008
Código do texto: T1078043

sábado, setembro 19, 2009

quinta-feira, setembro 17, 2009

quarta-feira, setembro 16, 2009

Orfeu


UM POEMA INTERMINÁVEL














Orfeu Machado de Carlos

- I –

O filho da musa Calíope
Barrou o Céu com sua canção...
Eurídice perdeu a ação,
O beija-flor parou de voar,
O selvagem perdeu o medo
E a rosa bailou... Que som ouvira!...
Era sensual o tom da lira;
— Até Apolo começou a sonhar!...

- II –

Com o mimo do pai Apolo
Perfumou a noite rosicler;
Saciou a fome da mulher,
Eurídice, na alcova quente.
Mas o sádico Aristeu
Com garras afiadas, insanas,
Queria o lugar em sua cama
Com o veneno da serpente.

- III –

Eurídice – rara beleza! –
Fugiu da cínica atenção!...
E Aristeu em perseguição
Mudou o destino da sorte;
Com seu egoísmo contumaz,
Então, era o fim das luzes;
A jovem estava entre cruzes
Caíra no mundo da morte!...

- IV –

Transtornado de tristeza
Clamava: — Eurídice, amor;
Somos um corpo, uma flor!
E assim entoou seu som divino!
Foi até ao Mundo dos Mortos,
E, com a pungência do instrumento
Comovia o firmamento;
O Rio Estige era o destino.

- V -

A lira contagiou Caronte...
...E ébrio se comoveu!
O barqueiro levou Orfeu
Ao resgate da sua amada.
O tom da lira adormeceu
Cérbero, - a fera!-, um cão
Tricéfalo – o guardião.
E entraram à busca da fada!...

- VI -

As ondas da lira flutuaram...
Brilhou a mente do condenado...
Sorriu feliz o aloprado
E a noite deixou de ser vazia...
Por que o feitiço do errante?
Na primavera verdejante?!
Nasceu outro sol naquele dia!...

- VII –

Chegou, enfim ao trono de Hades.
Irritado, o Rei dos Mortos
Quis saber: - Que trilhas tortas
O vivo tomara o domínio?!
A agonia musical de Orfeu
Fê-lo chorar gotas de ferro.
Hades se esqueceu dos berros
E se transformou em menino!

- VIII -

Perséfone, esposa de Hades
Implorou-lhe comovida:
- Deixa Orfeu seguir a vida
Eterna com o seu amor!...
Hades atendeu seu desejo:
- Eurídice irá sem demora,
Antes do raiar da aurora;
Sua rotina terá mais cor!

- IX –

Eurídice voltaria aos vivos...
Hades encontrou a solução:
Mas impôs uma condição;
Orfeu não olharia para ela
Até que visse a luz do sol.
Fora, cantava o arrebol!
A vida impunha alegria,
Voltara nova primavera!...

- X -

Orfeu partiu pela trilha
Íngreme que ia pra fora do escuro...
Morcegos voavam no obscuro,
Cantavam o canto da morte!
Orfeu tocava a sua alegria!...
Guiava Eurídice à vida...
Queria o mundo colorido;
Outra existência sem corte.



Continua... (Aguarde os próximos versos).