quinta-feira, outubro 26, 2017

Suicídio


Suicídio

Alma perdida, vil, atada à sorte
E presa no covil... Ó, pequenina!
Abutres sugarão todos os cortes:
Terão todos os restos assassinos!

O corpo, agora, preso à Lei Divina
Voa na redoma, da ilusão da morte
A Terra sente as cores da neblina:
Segue, cheia de energia; - as flores do norte!

E o frio da ventania suave a cortar
O mundo mórbido já no limiar:
Oh!... Na ação e reação sórdida e prescrita!

Linda visão: - Os lírios e suas cruzes!
- Ah! Veículos dos féretros das luzes;
Cumpre-se a Lei de Deus; - Tempo infinito!...


Machado de Carlos

3 comentários:

Maria Rodrigues disse...

Nostálgico e belo soneto.
Desejo-lhe um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, alegria, sonhos realizados, paz e amor.
Abraços
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco

Andre disse...

Muito bom o texto.

Ailton disse...

A maneira que é aboraddo o texto é direte de mais da linguagem cotidiano.Mas é legal